Carol Gomes
Quando analisamos pelo contexto histórico, refletimos sobre o passado de "lutas" travadas na conquista de direitos e liberdades, logo nos remete à lembrança, os jovens estudantes secundaristas e universitários que saíram às ruas exigindo democracia, liberdade de expressão e soberania popular, como eleições diretas. Não obstante, ao comparar a juventude de ontem com a de hoje, nos deparamos com uma classe alienada e apática as causas sociais, bem como, a política. Mas transferir a culpa dessa relutância no envolvimento do jovem à somente eles, é um procedimento equivocado.
A falta de incentivo a essa geração na participação da vida pública é muito grande. Começando nas escolas, onde o adolescente está amadurecendo a sua personalidade e obtendo opiniões formadas sobre assuntos, e política, não é pauta das discussões em salas de aula, raras são as escolas que incentivam seus estudantes a se envolverem em grupos políticos, como: Grêmios Estudantis; D.C.E"S; Hip-Hop; Cultura, entidades de juventude em geral. O objetivo é: formar indivíduos preparados para o vestibular e mercado de trabalho, e não, cidadãos conscientes de seus deveres cívicos. Há uma citação que diz: "O homem, costuma negar tudo aquilo que não compreende", ou seja, não são os jovens que não gostam de política, desconhecem a verdadeira forma de fazê-la, atribuindo sua prática à apenas o que as mídias costumam mostrar.
A juventude precisa tomar decisões tão importantes, como: A Profissão que irá seguir, qual faculdade irá fazer, o tão sonhado primeiro emprego, porém, na principal decisão que tomará as rédeas do seu destino, de sua familia e amigos : O voto, eles preferem se omitir, no entanto, quando questionados sobre o que mudariam em sua sociedade, a resposta é sempre a mesma: A política.
Para mudar, devemos atiçar a nossa crítica, mas principalmente, a nossa autocrítica. Qual Papel estamos desempenhando na contribuição às transformações sociais? É participando de entidades de juventude, estudantis, cultural, social, esportiva, a qual o jovem e sua "tribo" mais se identificarem, e que tenham, um cunho social, onde desenvolverão Políticas Públicas, aprendendo que, projetos não são somente construídos com a política partidária, podendo assim, transformar a realidade de uma comunidade. É essa geração que deve iniciar a mudança, dando cara a uma outra política, a política que verdadeiramente queremos, pois a juventude é o presente, e o futuro do país, a ela pertence.